TST diz que greve nos Correios é legal, mas ordena volta ao trabalho
O TST (Tribunal Superior do Trabalho) decidiu nesta 3ª feira (30.dez.2025) que a greve dos funcionários dos Correios, parados desde 16 de dezembro, é legal e não abusiva. Mas determinou a volta imediata ao trabalho. A corte concedeu ainda 5,10% de reajuste aos trabalhadores da estatal.
A decisão foi tomada depois de 2 tentativas de conciliação realizadas na 6ª feira (26.dez) e na 2ª feira (29.dez), quando as federações sindicais não chegaram a um acordo com a empresa. A greve travou o fluxo de entregas em 17 unidades da federação, incluindo RS, PR, MG, SP e RJ. O movimento causou um efeito cascata no varejo, com atrasos em compras natalinas e de final de ano.
O TST determinou desconto de salário, parcelado em 3 meses, por causa dos parados. Os funcionários, porém, poderão optar por uma reposição do tempo em que ficaram em greve.
Em meio a um cenário de paralisação, os Correios registraram um prejuízo de R$ 6,1 bilhões entre janeiro e setembro de 2025 —um salto de quase 3 vezes em relação ao mesmo período do ano anterior.
Para tentar reverter o quadro, a diretoria apresentou na 2ª feira (29.dez.2025) um plano de reestruturação fundamentado em um empréstimo de R$ 12 bilhões. As medidas são drásticas: o fechamento de 1.000 agências deficitárias (cerca de 20% da rede atual) e a abertura de um PDV (Programa de Demissão Voluntária) com potencial para desligar até 15 mil funcionários.
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