A taxa de desemprego do Brasil caiu para 5,2% no trimestre encerrado em novembro, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta 3ª feira (30.dez.2025). O índice atingiu o menor patamar da série histórica, iniciada em 2012.
Os números fazem parte da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). De acordo com o levantamento, a taxa recuou de 5,6% no trimestre encerrado em agosto para 5,2% nos 3 meses até novembro. No período, o país registrou 5,6 milhões de pessoas desocupadas. Eis a íntegra do levantamento (PDF – 3MB).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aliados comemoraram o resultado em suas redes sociais e classificaram os números como um “recorde histórico” para o país.
“Seguimos batendo recordes” escreveu Lula em publicação no X.
O vice-presidente, Geraldo Alckmin, afirmou que o país chega a 2026 com desemprego no menor nível histórico e com crescimento de 4,5% na renda real, resultado que, segundo ele, reflete a ampliação do emprego e dos salários no atual governo.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, declarou que o país encerra o ano com uma “grande notícia”. Segundo ela, o resultado está associado ao compromisso de Lula com a população.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que o IBGE também registrou o maior número de pessoas ocupadas da série histórica, com mais de 103 milhões de trabalhadores, além do maior rendimento real médio já apurado.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse que o emprego representa “dignidade” e que o resultado é “fruto de políticas públicas que fortalecem a economia, estimulam o trabalho e colocam as pessoas no centro das decisões”.
Já o senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que o país registra, pelo 6º mês consecutivo, a menor taxa de desemprego da história. Ele também mencionou indicadores de inflação abaixo do teto da meta e a inflação do aluguel negativa.
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse que o resultado se deu ao que chamou de “efeito Lula” e que a combinação entre inflação controlada e geração de empregos mostra uma economia mais organizada.
O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) afirmou que o país deve encerrar o ano com índice “próximo de 5% ou menos”.
A taxa de desemprego foi o índice que mais surpreendeu os agentes financeiros neste ano. A mediana das estimativas dos agentes financeiros do último Boletim Focus de 2024 era de uma taxa de desocupação de 6,7% no fim de 2025. Na época que a coleta das estimativas foi feita, a taxa de desemprego era de 6,1%. As projeções obtidas pelo Poder360 indicavam que seria de 6,8% a 7,3%.
O Banco Central disse, em março, que a desaceleração da economia era elemento “necessário” para levar a inflação à meta. A autoridade monetária disse, em 16 de dezembro, que o mercado de trabalho tem demonstrado sinais “incipientes” de desaquecimento, e que os “vetores inflacionários” se mantêm adversos, impactando a inflação de serviços.
A população ocupada foi de 103,0 milhões no trimestre encerrado em novembro, um recorde da série histórica. Aumentou 1,1% (ou mais de 1,1 milhão de pessoas) em 1 ano.
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi de 59,0%, também um recorde da série histórica. Subiu 0,2 ponto percentual no trimestre.
O número de empregados com carteira assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) atingiu 39,4 milhões, o novo recorde da série histórica. Aumentou 2,6% (ou 1,0 milhão de pessoas) no último ano.
O número de empregados sem carteira no setor privado ficou estável no trimestre, em 13,6 milhões. Recuou 3,4% em 1 ano (menos 486 mil pessoas).
A quantidade de trabalhadores por conta própria foi recorde na série histórica (26,0 milhões). Cresceu 2,9% (mais 734 mil) no ano.


