Zinit opera no país desde maio com foco em ‘procurement′ indireto e tem 500 empresas no funil de vendas. A meta é processar US$ 20 bilhões em GMV até 2030, segZinit opera no país desde maio com foco em ‘procurement′ indireto e tem 500 empresas no funil de vendas. A meta é processar US$ 20 bilhões em GMV até 2030, seg

Startup de Dubai capta US$ 8 mi para automação de compras corporativas no Brasil com IA

2025/12/17 21:00

A Zinit, plataforma de automação de compras corporativas com uso de inteligência artificial, captou US$ 8 milhões - cerca de R$ 43 milhões - em rodada seed liderada pela AltaIR Capital, com participação da DVC como consultora em IA.

Fundada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, a startup opera no Brasil desde maio de 2025.

O negócio está estruturado para atender as chamadas compras indiretas de grandes companhias. Ou seja, produtos e serviços que não fazem parte do core das empresas. Na lista estão itens de manutenção, equipamentos de escritório, serviços de TI, logística, limpeza e utilities.

Segundo dados de mercado, a área pode representar, em volume, até 80% das compras de uma companhia. Em valores, o percentual fica em torno de 20%.

“As empresas têm soluções que custam milhões de dólares para suas operações core, mas não dedicam a mesma atenção aos gastos indiretos, que representam de 20% a 30% do total gasto”, disse o russo Sergey Bekker, CEO da Zinit Brasil, em entrevista à Bloomberg Línea. “É um mercado enorme e inexplorado.”

Leia mais: Esta startup usa IA para checar antecedentes de fornecedores. E agora atraiu a Totvs

O país é um dos primeiros mercados da startup, que, além dos Emirados Árabes, opera na Índia, na Indonésia e na Malásia - e começa a entrar nos Estados Unidos.

“O Brasil tem uma economia madura, regulamentação sofisticada em procurement público e privado e uma cultura de compras bem desenvolvida”, afirmou o executivo, que se mudou para São Paulo em abril e está aprendendo o português.

A expectativa da Zinit é processar US$ 20 bilhões em GMV (volume bruto de mercadorias) nos próximos cinco anos no Brasil.

A startup diz que pode contribuir, com o uso de IA, para uma economia entre 20% e 30% nas compras indiretas nas empresas, ao ampliar a rede de fornecedores e oferecer um sistema mais ágil para a abertura de concorrências.

No modelo de negócio da Zinit, as companhias lançam a concorrência e o sistema “dispara” um aviso para fornecedores que oferecem o tipo de produto buscado.

Após a seleção, o vencedor paga um fee à plataforma, entre 0,5% e 1,0% do valor da compra. Os pagamentos não são processados pela startup.

“É incomparável com os gastos que um fornecedor teria para encontrar novos clientes por meio de publicidade, eventos ou relacionamento comercial”, disse Bekker.

25 milhões de fornecedores

Com mais de 25 milhões de fornecedores no ecossistema global – 2,5 milhões apenas no Brasil –, a Zinit funciona como um marketplace que conecta demanda e oferta de forma automatizada, com uso de IA para identificar os melhores matches e facilitar processos de RFP (Request for Proposal) e leilões reversos.

Assim como em startups diversas, a grande aposta da Zinit está na autonomia proporcionada por sua solução de IA.

Atualmente com um nível 60% de autonomia, a plataforma permite que compradores criem RFPs apenas com prompts, ou seja, “conversando” com um agente de IA, que faz perguntas, estrutura o documento e identifica automaticamente fornecedores qualificados.

O objetivo projetado para os próximos meses é chegar perto de uma autonomia total, o que permitiria, inclusive, a seleção automática de vencedores.

O executivo prevê, no entanto, que muitos clientes ainda vão preferir manter esse tipo de decisão sob controle humano.

Em seis meses de operação no Brasil, a Zinit estruturou uma equipe de 12 pessoas – todos brasileiros, exceto o CEO – e atende cerca de 10 empresas em fase-piloto.

A expectativa é fechar os primeiros contratos até o fim de 2025 e expandir o time para 50 pessoas em dezembro de 2026.

“Temos certeza de que os primeiros cases locais vão comprovar o potencial transformador da tecnologia”, disse Bekker.

A startup foi criada por Anton Buzdalin e Andrey Chernogorov, também fundadores da Bidzaar, nascida na Rússia em 2019 com foco no mesmo tipo de serviço. O negócio foi adquirido integralmente pelo ecossistema 1C em 2024.

“Testamos o modelo de negócio e sabemos que funciona. Agora queremos replicar em mercados emergentes e maduros, em que os desafios de procurement indireto são ainda mais complexos”, afirma o CEO da operação local.

Os US$ 8 milhões captados serão direcionados ao aprimoramento de tecnologias proprietárias, como motores de negociação por IA, fluxos autônomos de compras, algoritmos de precificação dinâmica e geração inteligente para a abertura de concorrência.

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