Comprar um produto que promete milagres e receber algo totalmente diferente gera uma sensação terrível de impotência no consumidor. Felizmente, o Código de Defesa do Consumidor tipifica essa prática como crime e estabelece regras claras para punir empresas desonestas. Conhecer a lei blinda seu dinheiro e garante que as promessas comerciais sejam cumpridas rigorosamente.
A publicidade enganosa ocorre sempre que uma comunicação comercial induz o cliente ao erro sobre a natureza ou qualidade do item. Isso pode acontecer por meio de informações inteiramente falsas ou pela omissão proposital de dados essenciais sobre o serviço ofertado. Portanto, qualquer detalhe capaz de alterar a decisão de compra deve estar explícito na mensagem veiculada.
Omitir características fundamentais, como riscos à saúde ou restrições de uso, também configura essa prática ilegal no Brasil. A legislação entende que a transparência deve reger qualquer relação de consumo para equilibrar as forças entre fornecedor e comprador. Assim, o anúncio precisa ser claro, preciso e ostensivo para não deixar margem para duplas interpretações.
Alerta aos consumidores sobre anúncios enganosos que causam prejuízos financeiros
Embora muitos confundam os termos, a publicidade abusiva possui uma natureza diferente e ataca valores morais ou a segurança da sociedade. Ela incita a violência, explora o medo, desrespeita o meio ambiente ou se aproveita da deficiência de julgamento infantil. Nesse caso, o problema não é apenas uma mentira sobre o produto, mas sim o impacto social negativo da mensagem.
A Constituição Federal e leis específicas proíbem rigorosamente qualquer campanha que promova discriminação de raça, gênero ou religião. Identificar esse tipo de abuso é vital para denunciar marcas que ultrapassam os limites éticos em busca de lucro. Consequentemente, a punição para esses casos costuma ser ainda mais severa do que para a simples enganação comercial.
Ao constatar a divergência entre o anúncio e a realidade, o consumidor pode exigir o cumprimento forçado da oferta imediatamente. Se o fornecedor recusar, a lei permite aceitar outro produto equivalente ou rescindir o contrato com direito à restituição total. Essa escolha pertence exclusivamente ao cliente lesado, logo, a empresa não pode impor a solução que lhe convém.
O reembolso deve incluir o valor pago atualizado monetariamente, além de cobrir eventuais perdas e danos sofridos pela vítima. Guardar folhetos, prints de tela ou gravações da propaganda serve como prova material incontestável durante a reclamação. Sem essas evidências, fica muito mais difícil responsabilizar a loja pelas promessas não cumpridas no momento da venda.
A seguir, veja os dados da tabela para comparativo das opções legais disponíveis:
| Opção Legal | Ação do Consumidor | Obrigação da Empresa |
| Cumprimento Forçado | Exigir o prometido | Entregar exatamente o anunciado |
| Outro Produto | Aceitar similar | Trocar por item de valor igual |
| Rescisão Contratual | Cancelar a compra | Devolver valor integral + perdas |
Alerta aos consumidores sobre anúncios enganosos que causam prejuízos financeiros
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O primeiro passo consiste em tentar uma solução amigável diretamente com o Serviço de Atendimento ao Cliente da marca envolvida. Caso a empresa ignore a solicitação, registrar uma queixa formal no Procon local ou na plataforma Consumidor.gov é a medida seguinte. Esses órgãos possuem poder administrativo para multar fornecedores que desrespeitam as normas de publicidade vigentes no mercado.
Para casos que envolvem ética publicitária em grande escala, o Conar analisa e pode suspender a campanha nacionalmente. Embora esse órgão não tenha poder de polícia para devolver dinheiro, suas decisões mancham a reputação da empresa perante o público. Denunciar protege você e, simultaneamente, evita que outros consumidores caiam na mesma armadilha comercial no futuro.
Confira abaixo uma lista com exemplos clássicos de engano publicitário:
Fique atento às letras miúdas nos contratos e rodapés de anúncios televisivos, pois é lá que as armadilhas costumam se esconder. Salvar todas as interações digitais com o vendedor cria um dossiê robusto para facilitar qualquer processo judicial necessário. A vigilância constante dos consumidores é a ferramenta mais eficaz para limpar o mercado de práticas desleais e abusivas.
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