A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), disse na noite desta 6ª (12.dez.2025) que subirá ao palanque com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. Homenageada pelo grupo de advogados de esquerda Prerrogativas, na Casa Natura Musical, no bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, ela afirmou que a decisão se dá porque acredita no “projeto político” do petista.
Tebet é cotada para disputar o Senado em São Paulo. Levantamento AtlasIntel de setembro de 2025 mostrou que a ministra lidera as intenções de voto para o cargo no Estado. Os outros homenageados da noite, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) também são cotados para o posto. Em seu discurso, Tebet os saudou e os chamou de “companheiros”.
No clima do evento que adulava a figura de Lula, Tebet disse que o petista “é o melhor presidente do Brasil”. Lula, que observava no andar de cima o discurso da ministra, recebeu gritos de apoio e aplausos dos presentes. Em seguida, Tebet o agradeceu por entender a importância de uma frente ampla e por insistir que ela, que havia ficado em 3º lugar da corrida presidencial, integrasse o governo. Segundo ela, era importante combater a gestão “fascista” e “negacionista” de Jair Bolsonaro (PL).
Formado por profissionais de direito que apoiam o governo Lula, o grupo Prerrogativas realiza seu jantar de confraternização anualmente. Em 2024, a homenageada foi a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. Em 2025, são 3 os homenageados: Alckmin, Haddad e Tebet.
O Prerrô tinha, até agosto de 2024, ao menos 28 integrantes em cargos públicos no governo Lula. Com filiados a PT e Psol, o grupo de advogados é definido como “mais lulista que petista“ e tem o apoio ao presidente como o único consenso.
A festa na Casa Natura Musical tem apresentação do cantor Xande de Pilares e da ministra da Cultura, Margareth Menezes. Também está na programação um show da dupla Edu Krieger e Natalia Voss, que faz paródias políticas usando clássicos da MPB. Haverá ainda o lançamento do livro “Nunca Mais”, de Camilo Vannuchi, sobre o projeto “Brasil: Nunca Mais”, sobre crimes da ditadura militar (1964-1985).

