Com São Tomé e Príncipe, a Starlink já foi lançada em 8 países africanos em 2025

A empresa de satélites SpaceX Starlink lançou hoje a sua operação em São Tomé e Príncipe. Este é o 8º país africano onde será lançada em 2025, e o 25º país africano a receber o serviço da Starlink. 

Numa divulgação feita na sua conta X (anteriormente Twitter) na quinta-feira, a empresa propriedade de Elon Musk anunciou a sua entrada no país.  "A internet de alta velocidade e baixa latência da Starlink já está disponível em São Tomé e Príncipe!" disse.

Para São Tomé e Príncipe, a disponibilidade da internet de alta velocidade da Starlink representa uma alternativa significativa quando confrontados com interrupções de internet durante as estações de tempestade. 

Na pequena nação insular ao largo da costa da África Central, a Starlink oferecerá duas opções de hardware em São Tomé e Príncipe. O Kit Standard custa $257,3 (STN 5.500) enquanto o Kit Mini custa $206 (STN 4.400). 

Além disso, os planos de subscrição mensal vêm em dois níveis. O plano Residencial custa $79,5 (STN 1.700) por mês, enquanto o plano Residencial Lite custa $60,8 (STN 1.300) por mês. 

O isolamento geográfico de São Tomé e Príncipe historicamente limitou o investimento em infraestrutura de internet. Com uma população de mais de 230.000 pessoas, a nação de duas ilhas tem dependido de conexões de cabos submarinos e redes terrestres limitadas. A sua entrada fornece uma alternativa aos provedores existentes, embora o custo inicial do hardware represente uma barreira significativa.

Para a Starlink, é provável que o seu serviço encontre a sua base de clientes principal entre empresas, escritórios governamentais e famílias de maior rendimento no país. A empresa de Elon Musk procurará aumentar a taxa de penetração da internet do país acima dos atuais 61,5%.

Leia também: Starlink mobiliza apoio público na Namíbia para mudança regulatória para abrir caminho para o lançamento.

A presença da Starlink em África 

A ativação do serviço da Starlink em São Tomé e Príncipe estendeu agora a sua presença africana para 25 países. Só em 2025, a empresa já lançou em 8 países, incluindo Chade, Somália, Lesoto, República Democrática do Congo, Congo e Níger. 

Além disso, a empresa de satélites recebeu recentemente um impulso para a preparação do seu lançamento na Namíbia. Em primeiro lugar, a Autoridade Reguladora de Comunicações da Namíbia (CRAN) começou a processar a sua aprovação regulatória e publicou as candidaturas de licença da Starlink na Gazeta Oficial do governo em 28 de novembro e convidou comentários públicos por duas semanas.

Em segundo lugar, o regulador está a considerar alterar a lei local que exige que as empresas de telecomunicações domésticas tenham 51% de propriedade. O relaxamento da lei impulsionará o lançamento da Starlink no país, abrindo caminho para as suas operações na Namíbia.

A entrada da Starlink nos países africanos tem despertado o interesse dos cidadãos de outros países devido à sua internet de alta velocidade através de uma rede de satélites de Órbita Terrestre Baixa (LEO). No entanto, ainda enfrenta desafios regulatórios em alguns países africanos.

Na África do Sul, a empresa ainda está no meio do cumprimento do requisito de 30% para que os licenciados de telecomunicações locais estejam nas mãos de grupos historicamente desfavorecidos.

Embora as leis locais sejam uma regra de longa data na África do Sul, várias empresas estrangeiras estão a ter dificuldades em cumprir. Elas preferem um equivalente de capital que forneça uma alternativa, como fazer investimento social em outras áreas, como desenvolvimento de habilidades e infraestrutura.

Em defesa de uma alternativa à lei local, a SpaceX afirmou que forneceria a 5.000 escolas rurais kits e serviços totalmente financiados, com o apoio necessário. Por enquanto, a espera pelo lançamento na África do Sul ainda continua.