Imagine uma estrutura de concreto mais alta que a Torre Eiffel segurando a força de um rio inteiro. Esse é o objetivo do Tajiquistão com a Barragem de Rogun, umImagine uma estrutura de concreto mais alta que a Torre Eiffel segurando a força de um rio inteiro. Esse é o objetivo do Tajiquistão com a Barragem de Rogun, um

Mais alta que a Torre Eiffel e segurando um rio inteiro: o gigante de concreto de 335 metros com previsão de entrega em 2035

2025/12/12 06:10

Imagine uma estrutura de concreto mais alta que a Torre Eiffel segurando a força de um rio inteiro. Esse é o objetivo do Tajiquistão com a Barragem de Rogun, um empreendimento que promete transformar uma das nações mais pobres da Ásia Central em uma potência energética regional.

Um gigante de 335 metros no coração da Ásia

Com impressionantes 335 metros de altura, a estrutura está projetada para superar qualquer outra represa existente no planeta. O projeto visa domar as águas do rio Vakhsh para gerar eletricidade suficiente não apenas para o consumo interno, mas para exportação.

O país enfrenta apagões frequentes e vê nessa obra a única saída para sua instabilidade econômica. No entanto, a ambição técnica colide com uma realidade financeira complexa e um histórico de interrupções.

Mais alta que a Torre Eiffel e segurando um rio inteiro: o gigante de concreto de 335 metros com previsão de entrega em 2035Estrutura monumental de concreto projetada para conter grande volume de água até 2035

O legado soviético e a retomada após a guerra civil

O sonho começou ainda na era da União Soviética, mas o colapso do bloco em 1991 paralisou as máquinas. O Tajiquistão mergulhou em uma guerra civil brutal logo em seguida, e grandes enchentes destruíram parte das fundações iniciais.

O projeto ficou abandonado por anos até ser retomado como uma questão de honra nacional. A narrativa de independência energética tornou-se central para o governo, custe o que custar.

Como pagar 6 bilhões de dólares sem dinheiro em caixa?

O financiamento é o maior pesadelo logístico da obra. Após a saída da investidora russa Rusal em 2007, por divergências técnicas, o governo tajique tomou medidas extremas, chegando a forçar trabalhadores públicos a doar parte dos salários para o fundo da construção.

O orçamento estimado saltou de 3,9 para 6,2 bilhões de dólares em 2023. Esse valor coloca uma pressão imensa sobre as finanças do país, que precisa equilibrar dívidas externas crescentes com a necessidade de terminar o megaprojeto.

A tensão geopolítica que quase iniciou uma guerra

O controle da água na região é tão crítico que quase provocou um conflito armado em 2012. O vizinho Uzbequistão ameaçou entrar em guerra, temendo que a barragem retivesse o fluxo de água vital para sua agricultura, especialmente as plantações de algodão.

As relações diplomáticas melhoraram recentemente, mas a gestão hídrica continua sendo um ponto sensível. A barragem dará ao Tajiquistão o poder de controlar a “torneira” da região, alterando o equilíbrio geopolítico local.

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O custo humano e ambiental do progresso

Grandes obras de infraestrutura cobram preços altos além do dinheiro. O impacto social e ecológico da construção já alterou a vida de milhares de famílias e ameaça ecossistemas sensíveis:

  • Deslocamento em massa: Mais de 7.000 pessoas já foram removidas de suas terras, e a previsão é que outras 42.000 percam suas casas.
  • Patrimônio em risco: Ambientalistas alertam para danos irreversíveis à Floresta do Rio Tigay, um sítio natural reconhecido pela UNESCO.
  • Atrasos crônicos: A conclusão foi adiada de 2028 para 2035 devido à falta de verba e complexidades técnicas na execução.

No vídeo a seguir, do canal com mais de 17 mil inscritos, Unthinkable Build, é mostrado um pouco do projeto:

A retomada italiana e o horizonte de 2035

A construção ganhou novo fôlego em 2016 com a contratação da empresa italiana Salini Impregilo (atual Webuild). Duas unidades hidrelétricas começaram a operar entre 2018 e 2019, provando a viabilidade técnica da obra.

Apesar dos avanços, o caminho é longo. Se o Tajiquistão conseguir finalizar o projeto em 2035, garantirá sua soberania energética. Acompanhe as atualizações geopolíticas sobre como essa obra pode redefinir as fronteiras da Ásia Central.

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