Cerca de 1,5 milhão de imóveis na Grande São Paulo amanheceram sem energia elétrica nesta 5ª feira (11.dez.2025), sendo 1 milhão na capital paulista. O apagão persistia depois da ventania da véspera, que atingiu velocidade de 98,1 km/h em algumas áreas. Foram registrados 514 chamados para queda de árvores. Ao menos 218 semáforos ainda estavam sem funcionar 24 horas depois.
O aeroporto de Congonhas, na zona sul paulistana, permaneceu lotado. Na 4ª feira (10.dez), 181 voos foram cancelados: 88 chegadas e 93 partidas. Nesta 5ª feira (11.dez), até as 8h30, já haviam sido cancelados 46 voos: 31 chegadas e 15 partidas. No saguão, as pessoas se encostavam nos cantos para encarar a espera, diante de seguidos atrasos na operação.
O fenômeno foi causado por um ciclone extratropical formado na região Sul do Brasil. Na 4ª feira (10.dez), o apagão chegou a atingir 2,2 milhões de imóveis na Grande São Paulo. A Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia em 24 municípios da região metropolitana, afirma ter 1.300 equipes trabalhando para restabelecer o serviço.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse que acionará a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e a Justiça para que sejam tomadas providências sobre o contrato com a Enel, seguindo a mesma linha de ação adotada desde os apagões registrados na capital a partir de novembro de 2023.
O abastecimento de água também foi prejudicado. Segundo a Sabesp, empresa de saneamento privatizada pelo governo do Estado em 2024, a falta de energia afetou o bombeamento em vários bairros da capital.
Henrique Braun ingressou na Coca-Cola em 1996 e ocupa atualmente o cargo de diretor de operações BBC News fonte Bloomberg via Getty ImagesHenrique Braun in

