A Câmara decidiu manter o mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) nesta 5ª feira (11.dez.2025). Por 227 votos favoráveis e 170 votos contrários, os deputados não atingiram o mínimo de 257 votos para validar a cassação da deputada, que está presa na Itália desde 29 de julho.
A Casa iniciou o processo de cassação depois que o STF determinou a perda do mandato. Zambelli foi sentenciada a mais de 15 anos em duas condenações do STF (Supremo Tribunal Federal).
A votação em plenário contrasta com a decisão da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, que, nesta 4ª feira (10.dez.2025), havia aprovado a cassação da congressista.
A decisão da CCJ se deu depois da rejeição do parecer do relator Diego Garcia (Republicanos-PR), que defendia a manutenção do cargo. Com isso, foi escolhido um novo relator. O deputado Cláudio Cajado (PP-BA) apresentou um relatório a favor da perda do mandato da deputada. O parecer foi aprovado.
Carla Zambelli foi condenada em maio deste ano pelo STF a 10 anos de prisão e ao pagamento de R$ 2 milhões por danos coletivos por invadir o sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). O ministro Alexandre de Moraes, determinou então a prisão preventiva da deputada.
De acordo com as investigações, Zambelli foi a autora intelectual da invasão ao sistema do CNJ para a emissão de um mandado falso de prisão contra Moraes. Ainda conforme a investigação, o hackeamento foi executado por Walter Delgatti, que também foi condenado e disse ter realizado o trabalho a mando da congressista.
Em junho, Zambelli deixou o Brasil e passou a ser considerada foragida. O nome da congressista chegou a ser incluído na lista vermelha da Interpol, a pedido do ministro Alexandre de Moraes. Em julho, Zambelli foi presa em Roma, capital da Itália.
O governo brasileiro pediu a extradição de Carla Zambelli. O pedido foi oficializado pelo STF e o requerimento foi enviado pelo Itamaraty ao governo italiano
Em agosto, ela também foi condenada pelo STF a 5 anos e 3 meses de prisão por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal contra o jornalista Luan Araújo em São Paulo, na véspera do 2º turno de 2022. O STF determinou a perda do mandato parlamentar após o fim da possibilidade de recurso, bem como o pagamento de uma multa de 400 salários mínimos vigentes em 2022 com atualização monetária.


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