A Meta é a empresa dona do Facebook Jonathan Raa/NurPhoto via Getty Images A Meta suspendeu uma pesquisa interna que indicava impactos negativos do Facebook sobre a saúde mental dos usuários, segundo documentos apresentados em um processo movido por escolas dos EUA contra a empresa e outras plataformas. De acordo com a Reuters, o estudo apontou que pessoas que deixaram de usar o Facebook por uma semana relataram níveis menores de depressão, ansiedade e solidão. No entanto, em vez de publicar os resultados ou continuar a investigação, a Meta decidiu encerrar o projeto, com a justificativa de que as conclusões estariam influenciadas pela “narrativa midiática” sobre a companhia. Um membro da equipe de pesquisadores, porém, defendeu a validade dos resultados, informou a Reuters. Em comunicado divulgado no sábado, o porta-voz da empresa, Andy Stone, afirmou que o estudo foi interrompido por falhas metodológicas e reiterou que a companhia tem adotado medidas para aumentar a segurança de seus produtos. “O registro completo mostrará que, por mais de uma década, ouvimos os pais, pesquisamos as questões mais importantes e fizemos mudanças reais para proteger os adolescentes”, disse. Alegações contra a Meta Além da ocultação da pesquisa, as alegações feitas contra a Meta incluem ainda, segundo a Reuters: Desenvolvimento de ferramentas de segurança para jovens que seriam pouco eficazes e raramente utilizadas. Impedimento de testes adicionais por receio de impacto no crescimento da plataforma. Remoção de contas por tráfico sexual apenas após usuários serem flagrados 17 vezes — um limite descrito como excessivamente alto. Reconhecimento interno de que estratégias para elevar o engajamento de adolescentes resultavam na entrega de conteúdo mais prejudicial, ainda assim mantidas. Adiou por anos ações para impedir que aliciadores contatassem menores devido a preocupações por crescimento e ainda pressionou equipes a justificar a inação. Mensagem de Mark Zuckerberg, em 2021, indicando que a segurança infantil não era sua principal prioridade frente ao foco no metaverso; pedidos por mais recursos para essa área teriam sido ignorados. Processo envolve Google, TikTok e Snapchat A alegação de que a Meta teria ocultado evidências sobre os efeitos das redes sociais é apenas uma das acusações apresentadas em uma ação protocolada na sexta-feira por um escritório de advocacia que representa as escolas. Segundo a Reuters, o processo também envolve Google, TikTok e Snapchat. Mas os documentos apresentados trazem acusações mais detalhadas contra a Meta As empresas são acusadas de permitir o acesso de menores de 13 anos às plataformas, de não enfrentar adequadamente o problema de conteúdo de abuso sexual infantil e de incentivar o uso de redes sociais por adolescentes em ambiente escolar. Os autores da ação afirmam ainda que algumas plataformas teriam tentado financiar organizações voltadas ao público infantil para que defendessem publicamente a segurança desses produtos. Andy Stone, da Meta, negou as acusações e afirmou que os recursos de segurança voltados a adolescentes são eficazes, informou a Reuters. Segundo o porta-voz, a política atual da empresa prevê a remoção imediata de contas envolvidas em tráfico sexual e que o processo apresenta uma visão distorcida dos esforços da companhia na área. Audiência marcada para 26 de janeiro Stone declarou que a ação se baseia em trechos seletivos e interpretações equivocadas. A agência informou também que os documentos internos citados no processo não são públicos e que a Meta pediu ao tribunal que descarte parte do material. De acordo com a Reuters, uma audiência sobre o tema está marcada para 26 de janeiro. TikTok, Google e Snapchat não responderam aos pedidos de comentários, informou a agência. Mais Lidas A Meta é a empresa dona do Facebook Jonathan Raa/NurPhoto via Getty Images A Meta suspendeu uma pesquisa interna que indicava impactos negativos do Facebook sobre a saúde mental dos usuários, segundo documentos apresentados em um processo movido por escolas dos EUA contra a empresa e outras plataformas. De acordo com a Reuters, o estudo apontou que pessoas que deixaram de usar o Facebook por uma semana relataram níveis menores de depressão, ansiedade e solidão. No entanto, em vez de publicar os resultados ou continuar a investigação, a Meta decidiu encerrar o projeto, com a justificativa de que as conclusões estariam influenciadas pela “narrativa midiática” sobre a companhia. Um membro da equipe de pesquisadores, porém, defendeu a validade dos resultados, informou a Reuters. Em comunicado divulgado no sábado, o porta-voz da empresa, Andy Stone, afirmou que o estudo foi interrompido por falhas metodológicas e reiterou que a companhia tem adotado medidas para aumentar a segurança de seus produtos. “O registro completo mostrará que, por mais de uma década, ouvimos os pais, pesquisamos as questões mais importantes e fizemos mudanças reais para proteger os adolescentes”, disse. Alegações contra a Meta Além da ocultação da pesquisa, as alegações feitas contra a Meta incluem ainda, segundo a Reuters: Desenvolvimento de ferramentas de segurança para jovens que seriam pouco eficazes e raramente utilizadas. Impedimento de testes adicionais por receio de impacto no crescimento da plataforma. Remoção de contas por tráfico sexual apenas após usuários serem flagrados 17 vezes — um limite descrito como excessivamente alto. Reconhecimento interno de que estratégias para elevar o engajamento de adolescentes resultavam na entrega de conteúdo mais prejudicial, ainda assim mantidas. Adiou por anos ações para impedir que aliciadores contatassem menores devido a preocupações por crescimento e ainda pressionou equipes a justificar a inação. Mensagem de Mark Zuckerberg, em 2021, indicando que a segurança infantil não era sua principal prioridade frente ao foco no metaverso; pedidos por mais recursos para essa área teriam sido ignorados. Processo envolve Google, TikTok e Snapchat A alegação de que a Meta teria ocultado evidências sobre os efeitos das redes sociais é apenas uma das acusações apresentadas em uma ação protocolada na sexta-feira por um escritório de advocacia que representa as escolas. Segundo a Reuters, o processo também envolve Google, TikTok e Snapchat. Mas os documentos apresentados trazem acusações mais detalhadas contra a Meta As empresas são acusadas de permitir o acesso de menores de 13 anos às plataformas, de não enfrentar adequadamente o problema de conteúdo de abuso sexual infantil e de incentivar o uso de redes sociais por adolescentes em ambiente escolar. Os autores da ação afirmam ainda que algumas plataformas teriam tentado financiar organizações voltadas ao público infantil para que defendessem publicamente a segurança desses produtos. Andy Stone, da Meta, negou as acusações e afirmou que os recursos de segurança voltados a adolescentes são eficazes, informou a Reuters. Segundo o porta-voz, a política atual da empresa prevê a remoção imediata de contas envolvidas em tráfico sexual e que o processo apresenta uma visão distorcida dos esforços da companhia na área. Audiência marcada para 26 de janeiro Stone declarou que a ação se baseia em trechos seletivos e interpretações equivocadas. A agência informou também que os documentos internos citados no processo não são públicos e que a Meta pediu ao tribunal que descarte parte do material. De acordo com a Reuters, uma audiência sobre o tema está marcada para 26 de janeiro. TikTok, Google e Snapchat não responderam aos pedidos de comentários, informou a agência. Mais Lidas

Meta suspendeu estudo que apontava danos à saúde mental de usuários, acusam escolas americanas

2025/11/24 20:29
A Meta é a empresa dona do Facebook — Foto: Jonathan Raa/NurPhoto via Getty Images A Meta é a empresa dona do Facebook — Foto: Jonathan Raa/NurPhoto via Getty Images

A Meta suspendeu uma pesquisa interna que indicava impactos negativos do Facebook sobre a saúde mental dos usuários, segundo documentos apresentados em um processo movido por escolas dos EUA contra a empresa e outras plataformas.

De acordo com a Reuters, o estudo apontou que pessoas que deixaram de usar o Facebook por uma semana relataram níveis menores de depressão, ansiedade e solidão. No entanto, em vez de publicar os resultados ou continuar a investigação, a Meta decidiu encerrar o projeto, com a justificativa de que as conclusões estariam influenciadas pela “narrativa midiática” sobre a companhia.

Um membro da equipe de pesquisadores, porém, defendeu a validade dos resultados, informou a Reuters.

Continuar lendo

Em comunicado divulgado no sábado, o porta-voz da empresa, Andy Stone, afirmou que o estudo foi interrompido por falhas metodológicas e reiterou que a companhia tem adotado medidas para aumentar a segurança de seus produtos.

“O registro completo mostrará que, por mais de uma década, ouvimos os pais, pesquisamos as questões mais importantes e fizemos mudanças reais para proteger os adolescentes”, disse.

Alegações contra a Meta

Além da ocultação da pesquisa, as alegações feitas contra a Meta incluem ainda, segundo a Reuters:

  • Desenvolvimento de ferramentas de segurança para jovens que seriam pouco eficazes e raramente utilizadas.
  • Impedimento de testes adicionais por receio de impacto no crescimento da plataforma.
  • Remoção de contas por tráfico sexual apenas após usuários serem flagrados 17 vezes — um limite descrito como excessivamente alto.
  • Reconhecimento interno de que estratégias para elevar o engajamento de adolescentes resultavam na entrega de conteúdo mais prejudicial, ainda assim mantidas.
  • Adiou por anos ações para impedir que aliciadores contatassem menores devido a preocupações por crescimento e ainda pressionou equipes a justificar a inação.
  • Mensagem de Mark Zuckerberg, em 2021, indicando que a segurança infantil não era sua principal prioridade frente ao foco no metaverso; pedidos por mais recursos para essa área teriam sido ignorados.

Processo envolve Google, TikTok e Snapchat

A alegação de que a Meta teria ocultado evidências sobre os efeitos das redes sociais é apenas uma das acusações apresentadas em uma ação protocolada na sexta-feira por um escritório de advocacia que representa as escolas. Segundo a Reuters, o processo também envolve Google, TikTok e Snapchat. Mas os documentos apresentados trazem acusações mais detalhadas contra a Meta

As empresas são acusadas de permitir o acesso de menores de 13 anos às plataformas, de não enfrentar adequadamente o problema de conteúdo de abuso sexual infantil e de incentivar o uso de redes sociais por adolescentes em ambiente escolar.

Os autores da ação afirmam ainda que algumas plataformas teriam tentado financiar organizações voltadas ao público infantil para que defendessem publicamente a segurança desses produtos.

Andy Stone, da Meta, negou as acusações e afirmou que os recursos de segurança voltados a adolescentes são eficazes, informou a Reuters. Segundo o porta-voz, a política atual da empresa prevê a remoção imediata de contas envolvidas em tráfico sexual e que o processo apresenta uma visão distorcida dos esforços da companhia na área.

Audiência marcada para 26 de janeiro

Stone declarou que a ação se baseia em trechos seletivos e interpretações equivocadas. A agência informou também que os documentos internos citados no processo não são públicos e que a Meta pediu ao tribunal que descarte parte do material. De acordo com a Reuters, uma audiência sobre o tema está marcada para 26 de janeiro.

TikTok, Google e Snapchat não responderam aos pedidos de comentários, informou a agência.

Mais recente Próxima X recua após expor país de origem de contas e acender alerta sobre segurança e inconsistências
Isenção de responsabilidade: Os artigos republicados neste site são provenientes de plataformas públicas e são fornecidos apenas para fins informativos. Eles não refletem necessariamente a opinião da MEXC. Todos os direitos permanecem com os autores originais. Se você acredita que algum conteúdo infringe direitos de terceiros, entre em contato pelo e-mail [email protected] para solicitar a remoção. A MEXC não oferece garantias quanto à precisão, integridade ou atualidade das informações e não se responsabiliza por quaisquer ações tomadas com base no conteúdo fornecido. O conteúdo não constitui aconselhamento financeiro, jurídico ou profissional, nem deve ser considerado uma recomendação ou endosso por parte da MEXC.